A Faixa de Fronteira é uma região que vem ganhando destaque nos últimos anos, por suas dinâmicas que se diferenciam do resto do país e devido à influência dos países lindeiros em suas particularidades. Os problemas na área de saúde são reconhecidamente interdisciplinares, uma vez que o que se busca na realidade são os determinantes de cada enfermidade e não mais somente os agentes etiológicos causadores de cada doença. A Geografia se insere no campo da saúde através de sua tradição de estudos sobre as relações entre a sociedade e o ambiente. A escolha da malária como doença parasitária a ser estudada se dá por sua relevância em âmbito nacional, inserida no Programa Nacional de Controle da Malária – PNCM. Esta doença, em números atuais, atinge quase 200 mil pessoas no Brasil. A população indígena da Amazônia é uma das populações mais vulneráveis à doença. A malária é uma doença endêmica e de difícil controle, com surtos periódicos nas áreas endêmicas. Já o recorte espacial da Faixa de Fronteira brasileira foi escolhida por suas particularidades e, sobretudo, porque a incidência da
doença tem ganhado bastante destaque ao longo desta, sobretudo no Arco Norte, estando em processo de crescimento enquanto nas demais áreas do país este processo se encontra em declínio. Esta tendência tem sido percebida nos levantamentos dos últimos anos. O objetivo da pesquisa é verificar se essa tendência é a mesma nas populações indígenas da faixa de fronteira. Para isso serão mapeados indicadores de incidência de malaria na população indígena e não indígena nos municípios da fronteira, utilizando os bancos de dados do SIVEP-Malária.

Orientação: Rebeca Steiman, Paulo Cesar Peiter

Marques, Renata Duarte. A geografia da malária na faixa de fronteira brasileira. Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural da UFRJ, 2014