Este trabalho é resultado da tese de doutorado: “Geografia da Saúde na Faixa de Fronteira Continental do Brasil na Passagem do Milênio”, defendida em 2005 na Universidade Federal do Rio de Janeiro.- e teve como objetivos: identificar os principais determinantes geográficos da Malária, AIDS, Tuberculose e Hanseníase na Faixa de Fronteira (FF) do Brasil; identificar os espaços críticos para estes quatro agravos e para o atendimento de saúde na FF; investigar os efeitos do limite no comportamento e no atendimento à saúde na região e informar e subsidiar políticas públicas de saúde na fronteira. A metodologia adotada compreendeu a abordagem da ecologia humana das doenças, a utilização do método de estratificação espacial a partir de dados secundários das principais fontes de informações geográficas e de saúde (IBGE, SIM, SINAN, SINASC, etc.). Os dados foram analisados com o auxílio de Sistemas de Informações Geográficas– SIG (Mapinfo 5.0) e de software estatístico SPSS 8.0. Os 569 municípios que compunham a FF em 1999 foram agregados em 19 subregiões e três Arcos da Fronteira (MI, 2005), realizando-se uma análise multi-escalar (micro, meso e marco regional) (Mapa1). O recorte temporal da análise abrange o período entre 1997 e 2002, sendo que para a tuberculose só foram analisados dados para o ano 2000.
Peiter, P.C. 2003. Geografia da Saúde na Fronteira Continental do Brasil. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, v. 25, p. 45-62.