A ocupação do Mato Grosso intensificou-se a partir da década de 70, com as políticas e programas regionais do governo, que atuaram direta ou indiretamente neste estado. Pode-se destacar o POLONOROESTE, POLOCENTRO, PROTERRA, a construção das estradas BR 163 e BR 364, e os projetos de colonização privada, destinados aos pequenos e médios produtores do sul do país. Muitos desses imigrantes não vão se ficar nas terras, indo procurar outras fontes de renda nas atividades urbanas.

(…)A expansão do complexo da soja, (re)ordenando o espaço, estaria então causando a diferenciação entre as sub-regiões do Mato Grosso. Neste contexto, pretende-se compreender a ordenação do espaço ocupado no Mato Grosso e a relação com suas unidades fito-geográficas (floresta ombrófila aberta, áreas de tensão ecológica, cerrado e o complexo do Pantanal), através da urbanização e da economia da soja. Utilizou-se como instrumento básico para as análises o mapeamento desses elementos. Foram então elaborados dois mapas, “A Ordenação do Espaço no Mato Grosso” e “Áreas de condensação urbana segundo as unidades fito-geográficas”, que facilitaram a compreensão da organização do espaço matogrossense.

Lima, F. P. N. 1995.  A ordenação do espaço no Mato Grosso: as relações entre o complexo da soja, a urbanização, e as unidades fito-geográficas. Monografia (Graduação em Geografia) – Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro. [PDF]